quarta-feira, 11 de julho de 2012

História da Moda Barroca

Boa tarde amigos,

Sem enrolação, vamos retomar o ultimo assunto?
Pois bem, no ultimo post tivemos uma ideia do contexto que rodeava a humanidade na época em que surgiu o movimento artístico e cultural denominado Barroco.

O Barroco veio seguido do Renascimento como pudemos observar, logo ele foi uma continuação natural do mesmo. Porem enquanto o Renascimento pregava o humanismo, o antropocentrismo, a razão e a natureza como algo valorizado com grande intensidade, o barroco foi um período de muitas duvidas e incertezas. Claro, com a Europa vivendo o século das contradições por conta de tudo que acontecia na sociedade e principalmente no meio religioso, não poderia ser diferente o meio artístico refletir tudo isso. O Barroco, diferente do Renascimento, expressava a arte de maneira emocional, subjetiva. O artista retratava a oposição, o contraste e principalmente desequilíbrio vivido na época.
Por todos esses motivos as obras dos artistas barrocos europeus valorizam as cores, as sombras e a luz, representam os contrates e valorizavam o exagero e rebuscamento. A palavra barroco significa "pérola irregular" ou "pérola deformada" e representa de forma pejorativa a ideia de irregularidade. Então, com essas informações podemos ter idéia de como funcionava o barroco como movimento artístico.
Pois bem, assim você me pergunta: "Ana, aonde você quer chegar com tudo isso?” E eu “te respondo:” Falei sobre diversas áreas que o barroco influenciou, será que não ficou faltando nenhuma?"
Artes, arquitetura, escultura, literatura e afins, e no meio disso tudo como andava o vestuário da sociedade?
E é aqui que chegamos ao ponto! O assunto que nos trouxe ate aqui é para que entendêssemos como a sociedade se portava diante a indumentária da época, afinal isso também fazia parte do movimento tido como artes!

Comecemos então com uma frase de João Braga, professor de historia da moda:
"Roupas e complementos sempre foram, são e poderão ser diferenciadores sociais."
Fato.

Desde os primórdios o homem usa de artifícios para se dividir em grupos dentro da sociedade. Sempre o grupo é composto por indivíduos que encontram algo de comum entre si. E nesse contexto não poderia ser diferente. O que diferenciava a burguesia da classe pobre nessa época eram as vestimentas. Quando eu digo vestimentas não era apenas um modelo de vestido, mas sim tudo o que envolvia aquela peça. Desde tecido, quantidade de tecido utilizado, cores, formas, corte e etc.
Pois bem, não vamos entrar fundo nisso, mas vamos falar do que era "tendência" em si para o vestuário daquela época, já que de certa forma, quem bancava a "moda" desse período era a alta sociedade.
As palavras de ordem da época eram extravagância e exagero, essas duas serviam como fonte de inspiração para a indumentária barroca. Não podemos nos esquecer de que ela, de alguma maneira, é continuação do vestuário que vinha com o renascimento. Por esse motivo os vestidos continuam amplos, os decotes abertos geralmente quadrados, a parte da frente da saia comprida tinha uma racha, revelando um saiote. Usava também uma espécie de camisa por baixo, indo até o cotovelo, as mangas podiam ser retiradas, fazendo uma ligação ainda com a indumentária do renascimento. Os homens usavam calças justas, coletes, perucas (que eram sinal distinção social) e sapatos de salto pequenos. Nos tecidos usavam cores escuras como o vermelho-escarlate, o vermelho-cereja, e o azul-céu, mas apareciam cores mais claras como o rosa, o azul-céu e o amarelo-pálido.
Nas cabeças, as mulheres adornavam com um penteado denominado de à la Fontange, uma espécie de penteado com ares de despenteados, preso por fitas. Incrementavam os cabelos com rendas, toucas e armações de arame para manter de pé um volume tão alto.
Para o gênero masculino, era muito comum o uso de botas, que eram adornadas em seus canhões com rendas. Essas botas, que de início era só para montaria, ganham status de moda. Detalhes importantes encontramos também nos chapéus, nos bigodes e nas golas.
Não podemos nos esquecer que tivemos como o inventor do luxo o Rei Luis XIV que era visto como aquele que não poupava em esbanjar vaidade.

    

Enfim, tudo isso aconteceu entre os séculos XVII e XVIII e sabe o que é mais interessante? Influencia-nos ate hoje. E sabe o que é mais interessante ainda? A moda esta voltando pra essa época!

Mais isso nós veremos no próximo post e eu espero vocês!

Grandes beijos meus queridos

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Uma breve introdução ao Barroco

Bom dia meus queridos amigos, como vão todos?

Estou imensamente feliz de estar aqui, como não poderia deixar de estar. Tenho levado uma vida bem corrida e por isso não tenho tido tempo para atualizar o blog. Enfim, grandes novidades no meu mundo e tenho me sentido muito feliz por isso.
Mas não é só no meu mundo que tenho visto novidades não, no nosso ate aquilo que é novidade já esta desatualizado devido a velocidade com que as coisas acontecem.
E na moda, não poderia ser diferente.

Dou inicio as postagens de hoje então com uma breve introdução do tema que irei abordar.
As semanas de moda estão acontecendo e a Europa esta desfilando agora seu “Inverno Haute Couture 2012” a Alta Costura. E muitas novidades estão vindo por ai. Por esse motivo antes de ir direto para as tendências em si, massificadas como muitos blogs fazem, vamos estudar um pouco de história e entender o contexto disso tudo.



Voltemos para o final dos anos 1500 e inicio dos anos 1700 e temos então nossa palavra de ordem para os estudos de hoje, o Barroco.
Prometo ser breve e usar palavras mais explicativas do que os professores nos ensinavam na 7ª série...
Pois bem, o que foi o Barroco e como tudo isso começou?
Europa, séc. XVII. As coisas não andavam muito bem por aquelas bandas, mais precisamente na Itália. O mundo estava vivendo seu período renascentista, que de certa forma, foi o aquele que “abriu as janelas para que os outros olhassem a sua volta”. As pessoas estavam muito mais abertas para novas ideias e opiniões, após terem vivido anos onde ocorreram muitas mudanças no que diz respeito à cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais. Apesar de ter todo esse plano de fundo como historia, o termo é na real mais empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Certo, foi então nesse cenário onde surgiram grandes filósofos e pensadores que então começaram a questionar o que acontecia ao seu redor. Uma era totalmente humanista, o homem como o centro do universo, o racionalismo como a razão de tudo e tudo era questionado. O homem começou a indagar a respeito de tudo aquilo que era lhe imposto. Foi assim então que as questões “espirituais” e o clero começaram a ser questionados.
Resumidamente, todos nós sabemos que naquele tempo a Igreja mandava em todo o Estado. Nenhuma decisão era tomada, e nada era feito sem a conscientização dos papas e superiores da Igreja Católica. E por trás disso tudo estava a nobreza, de onde brotava  maioria dos membros do clero que voltada estava para os interesses econômicos e políticos.
Vendia-se  indulgência (perdão) e objetos sagrados aos fiéis, assim como a salvação. E enquanto o clero vivia de maneira luxuosa em grandes palácios, era pregado o distanciamento dos bens materiais.
Não conformado com tamanha injustiça é que surge na história Martinho Lutero , estudioso das teorias humanistas, iniciando a reforma protestante onde pregava a verdade que estava na bíblia e propondo mudanças para a igreja. E o resto nós sabemos, a igreja católica se levantou com a Contra-Reforma e foi assim que ouve uma divisão gerando a igreja protestante.
Mais tudo isso é uma introdução da onde eu realmente quero chegar pessoas. Foi nesse cenário que o Barroco nasceu e com essas informações pudemos ter uma ideia de como andava a Europa e consequentemente o mundo naquele período.
E assim me despeço hoje. Amanhã poderemos ir a fundo no assunto e então entender realmente o que foi esse movimento e como ele nos influencia ate hoje.
Até logo, beijos grandes

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

X,Y,Z: Gerações gerando transformações! final

Vamos finalmente para o final desse conjunto de postagens relacionadas às gerações.
Geração Z.
Essa, por ser a ultima geração, é aquela que esta em alta no momento e tem sido foco de muitos estudos e discussões por professores e estudiosos. Na verdade, a grande realidade é que essa geração tem sido motivo de estudo simplesmente por estar causando alvoroço e dúvida na cabeça de muitos que fazem parte de gerações mais antigas e andam tendo que se esforçar muito para compreender a cabeça desses, que hoje, são adolescentes e enchem salas de aulas, shoppings, jogos virtuais e principalmente as redes sociais.
Eu, mesmo fazendo parte do final da geração Y, tenho uma boa convivência com a geração Z. E em minhas observações vejo que o mais comum que se é comentado por gerações passadas em relação a Z é: “Esse menino não sai da frente do computador nem pra comer!” “ É o dia inteiro jogando na frente desse notbook/televisão” “Tira esse fone de ouvido pra me escutar.” E por ai vai. Frases comuns pra muitos que estão lendo isso e tem filhos numa faixa etária que vai de 14 á 18 anos. Pois bem, essa geração tem sim qualidades, porém, é regada de grandes defeitos que vem refletindo em seu comportamento no meio social em que vive e que mais tarde podem (e pelo meu ponto de vista) vão se tornar problemas maiores para a humanidade.
A grande questão disso tudo está no simples fato de que essa geração cresceu em um meio onde a globalização  já estava consumada. Eles não tiveram que lutar pra que ela acontecesse quando ela já existia. Esses não sabem como é algo acontecer em outro país e essa informação demorar pra chegar ou talvez nem chegar. Não faço parte dessa geração, porem hoje escutei um comentário da minha mãe que é obvio, mas quando se esta bitolado no mundo virtual você não para pra enxergar com outros olhos. Ela comentou sobre o fato de tudo o que você esta fazendo alguém saber no mesmo momento que aquilo foi feito, e que isso quando ela tinha a minha idade era tido como falta de respeito. “Imagina, alguém saber que estou indo tomar banho e que depois vou sair com meu namorado!” Cara, eu parei pra pensar e realmente, que nexo se tem milhares de pessoas saberem cada passo que você da? Qual a necessidade disso?
Enfim, é em volta disso que o Planeta Terra se move hoje em 2012. A discussão não é sobre o fato disso ser certo ou errado, ainda não tenho uma opinião formada sobre , porém, é nesse contexto que as coisas andam e o resultado disso reflete principalmente nos jovens e adolescentes dessa década.
Bom, a Geração Z é aquela que nasceu na metade da década de 90, no “boom” da criação de aparelhos eletrônicos. Diferente das outras onde havia uma cadeia de evolução (onde a Y era filha da X e etc) a Geração Z não é filha da Y, pelo contrário, é uma geração que se desenvolveu bem antes do tempo e tem a Y como um padrão. Aquela coisa de irmão mais novo se querer parecer com o mais velho sabe?
Diferente das outras gerações que se conectavam ao mundo através de um computador de mesa, essa usa de dispositivos móveis pra isso. Não é necessário ter uma televisão em algum lugar físico, ou um rádio, ou um Xbox. Isso tudo é encontrado no celular onde é possível se manter conectado as redes 24 horas por dia.
 Logo, isso tudo reflete de maneira pesada no comportamento social e nos relacionamentos tornando essa uma geração egoísta e individualista sobre tudo, mais do que já vinha sendo a Y.
No final do século XX a televisão ocupava o centro de todas as salas e lá a família se reunia para o “horário nobre”. Alguém me diz agora se isso ainda existe?!  Isso trazia uma consciência coletiva que hoje não existe mais com o avanço da tecnologia que, se pararmos pra pensar, é contraditório já que as televisões mais tecnológicas vêm sendo criadas. Isso nos leva a pensar sobre como estará o mundo daqui a alguns anos onde as coisas estão acontecendo contrárias à maré do que muitos acreditavam.
Enfim é uma geração que não é fiel a marcas, estão mais preocupados com a rapidez com que as coisas são lançadas e as novidades que uma marca pode lhe oferecer em menos tempo. Viciados em eletrônicos, impacientes, prepotentes, individualistas, porém preocupados com o meio ambiente e sustentabilidade. Uma geração que consegue fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo como ouvir música, ver TV, acessar o facebook comendo um lanche na frente do PC e dar bronca no cachorro. E o que eu acho mais interessante é que essa geração não presenciou a internet discada, ligar o computador e acessar a internet e tão simples como ligar uma torneira e sair água. Eles não passaram pelas dificuldades da geração Y de internet discada que todo momento caia.
E por final o que eu achei mais intrigante em tudo que diz respeito a essa geração foi o fato de que os professores (principalmente os de ensino médio) estão tendo que mudar seus métodos de aula por conta da diferença que é ensinar pra essa geração.  Em algumas reportagens que li vi alguns professores citando o fato de que há uma dificuldade muito grande em ensinar já que é difícil mantê-los concentrados por muito tempo em um mesmo assunto e que os quadros negros já não funcionam mais. Todo ensino hoje está sendo baseado na internet como criar vídeos no youtube explicando a matéria ou fazer grupos de estudo no Facebook.
Bom essa geração que vem vindo por ai, uma geração que tem muitas promessas mais que será necessário grandes exemplos de homens mais velhos para influenciá-los, do contrário, podemos ter possíveis problemas no futuro com os tipos de pessoas que estão sendo criadas.
Com esse desfecho me despeço aqui queridos,
Beijos e abraços grandes!